sexta-feira, 18 de novembro de 2011

São Martinho

Pinhão, 10 de novembro de 2011

Amigo, S.Martinho

Que a saúde e o bem-estar te acompanhem, que eu, de momento, sinto-me bem.
Amigo, peguei no papel para nele expressar o meu agradecimento. Acredita que
se não fosse o teu ato solidário, neste momento, eu não seria o homem mais rico de Portugal.
Pois é, naquele dia tão chuvoso, andava eu a mendigar de porta em porta, sem que a minha vida tomasse qualquer rumo. Sentia que o mundo ia desabar por não encontrar quem quer que fosse que me ajudasse. Estava mesmo a deixar de acreditar na Humanidade, quando, como que por milagre, tu apareceste e, ao aperceberes-te do meu estado, rasgaste, impetuosamente, a tua capa em duas, e com uma delas me cobriste.
Ao recompô-la nos ombros, senti algo a tilintar no chão: reparei, então, que uma moeda de um euro bailava ao som da chuva. Por momentos, a chuva parou e o sol brilhou intensamente sobre a moeda. Nunca na minha vida vira algo tão reluzente! Parecia que tinha um brilho especial. Peguei nela e olhei-a. Senti um calor na minha mão. Parecia que tinha um poder mágico. Questionei-me se a moeda aparecera porque tinha algum valor especial. Não consegui arranjar uma resposta.
Mal me conseguia controlar. A alegria era tanta, que, sem pensar duas vezes, aproximei-me de um café, para comprar um bolo, que seria o meu pequeno-almoço. Sim, o pequeno-almoço que eu já não saboreava há meses.
Próximo do café, alguém se recusou a abrir-me a porta, alegando que pessoas como eu, não entravam. Nem a capa, que tu me deste, e que eu trazia sobre os ombros, me deu ar de gente importante. Recuei e, mais uma vez, senti como que uma voz interior a dizer-me que utilizasse a moeda, que a minha vida mudaria.
Sem vacilar, dirigi-me a uma loja de jogos e optei por comprar uma raspadinha e, qual não foi o meu espanto, quando depois de a raspar, dou conta que ganhara um prémio chorudo.
Sentindo que fora a tua capa a dar-me sorte, uma boa parte do dinheiro foi utilizado na construção de uma casa, que passou a ser o abrigo de muitos mendigos, tal como eu era.
Compreendi que, um simples gesto de caridade, pode mudar por completo a vida de alguém. Obrigada!
Clube dos amigos da BE
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Vale de Mendiz, 04 de novembro 2011

Meu grande amigo Martinho

Espero que estejas bem de saúde. Eu estou bem e graças a ti, tenho uma vida melhor.
 Em anos anteriores costumo apanhar várias doenças e ir para o hospital para me tratar. Eu ficava desesperado nesses dias, pensava só que ia morrer pois as dores eram muitas.
Saía do hospital muito triste porque já sabia que ia dormir na rua. Porém, no dia 11 de novembro do ano passado tudo mudou, pois tu apareceste. Lembro-me perfeitamente daquele dia! Estava a chover torrencialmente, havia uma mancha preta que se parecia com o Zorro, depois surgiu o teu rosto, e eu não sabia quem eras. Entretanto, vi-te a pegar naquela espada reluzente e a cortar aquela capa tão bonita… Nesse preciso momento tu vieste na minha direção, trazias a metade dessa capa para mim. Quando ma puseste sobre os ombros, as minhas costas ficaram tão quentinhas! Fiquei muito feliz, pois esse dia não era sonho era real.
Por tudo isto, eu te agradeço.
Um grande abraço.
Até outro dia.

Mendigo

P.S. No dia 11,encontramo-nos na fonte para veres como eu estou agora.
Ana Beatriz e Lucas Amaral, 4º ano

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O S.Martinho na Biblioteca Escolar
Como é feriado municipal no dia 11 de novembro, no Concelho de Alijó, a Biblioteca Escolar da escola B. 2,3 do Pinhão, decidiu comemorar o Dia de S. Martinho no dia 10, e para tal abriu as suas portas aos alunos do jardim de infância da localidade,para juntos desenvolvermos atividades alusivas a  este dia. Por volta das 11.00h iniciámos as atividades aqui na Biblioteca. Fizemos uma breve abordagem ao dia que estávamos a celebrar e, de seguida, contámos a história de «A Maria Castanha». Depois propusemos-lhes uma atividade de expressão plástica sobre a protagonista da história «Maria Castanha» na qual todos os presentes participaram com a sua energia, boa disposição e muita criatividade.
O material foi manuseado, escolhido, alterado e com muita habilidade surgiram «Marias Castanhas» super engraçadas, merecedoras de serem registadas e publicadas…
Pensamos, pela animada participação dos alunos, que foram bem passados estes momentos.

A equipa da Biblioteca Escolar

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