Os alunos do 1º e 2º ano fizeram um desenho sobre o livro que gostariam de ser.
Aos alunos do 3º 4º anos, foi-lhes proposto que, partindo do seu nome próprio, construíssem uma frase tão longa quanto possível, que rimasse com alguma característica sua (boa ou má).
Mais tarde, e como estamos no mês da bibliotecas e há que recordar e manter vivo o valor do livro, foi-lhes solicitado que escrevessem um texto intitulado “se eu fosse um livro”, indicando o nome; nº de páginas; formato e cores da capa; tipologia textual; ilustrações; “habitat” ou residência; com ou sem sinopse.
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Eu sou a Moxini, uma enciclopédia, com muita e variada informação, tornando-me, assim, um ser muito valioso.
Se pudesse, gostaria de ter 600 páginas mas só tenho 500. Estão todas numeradas no canto inferior direito. Até nisso, sinto que me desprestigiaram, por que não no canto superior? Sempre me dava outro valor!
A minha capa é de um cartão muito fino, mas resistente, multicolor, mais pareço um arco-íris.
Deve ser por causa disso que as pessoas ficam boquiabertas a olhar para mim.
Um dia, gostava de viajar pelo mundo à procura de outras enciclopédias para conversar sobre as minhas aventuras. Mas, eu acho que este sonho não se vai realizar porque faço falta às pessoas que me querem consultar.
Há muito tempo, quando era mais nova, tive uma aventura muito perigosa que passo a contar: “ …dois meninos queriam ler-me e sem querer caíram e eu fui pelos ares, mas por sorte uma senhora apanhou-me e devolveu-me.”
Graças a ela, fiquei bem e sem receio de novas aventuras.
E tu, quando me vens visitar? Espero por ti!
Os alunos do 2º ciclo participaram num concurso de cultura geral. Foram-lhes feitas várias perguntas, que abordavam várias disciplinas e temas.
Quanto aos alunos do 3º ciclo, elaboraram alguns textos narrativos alusivos ao tema das bibliotecas “ biblioteca escolar: a chave do presente, passado e futuro.”
A biblioteca é a chave para o passado, presente e futuro
Bati à porta e alguém disse que podia entrar.
Naquele momento senti que estava a abrir um daqueles baús cheios de tesouros, que só existem nos barcos naufragados, nas profundezas dos oceanos, e só descobre o seu conteúdo, quem tiver uma chave velha e ferrugenta capaz de abrir um aloquete ainda mais velho que ela própria.
Entrei na biblioteca, e como tinha imaginado, lá havia um grande tesouro com pérolas, diamantes, colares, moedas, e outras coisas preciosas, mas, no meio daquelas luxúrias todas, o maior tesouro de todos eram mesmo os livros que se encontravam nas prateleiras daquela biblioteca.
Em vez de me iludir com todas aquelas preciosidades, decidi procurar os diversos livros que, no meio das prateleiras, existiam.
Depois de muito procurar, optei por saber mais acerca de um livro, que no meio de tantos, me chamou à atenção.
Era um livro velho, com alguma poeira, e um pouco tristonho.
Pelo seu aspeto, deduzi que devia ser rara a pessoa que o lesse.
Tirei-o daquela prateleira, e olhei com muita atenção para a sua capa.
Por mais que tentasse, não consegui decifrar as palavras que lá estavam escritas, pois pareciam estar em código, por isso decidi abri-lo.
De repente, como por magia, senti que estava a atravessar um túnel à velocidade da luz.
Quando dei por mim estava num sítio, onde nunca tinha estado.
Para tentar saber onde me encontrava, procurei objetos que poderiam identificar esse lugar. Procurei, procurei,… até que encontrei umas prateleiras cheias de livros.
Tentei chegar-me perto deles, mas um vulto meteu-se no meu caminho e apenas me perguntou como se chamava o livro que eu queria levar.
Depois de muito refletir naquilo decidi dizer-lhe o nome de um livro qualquer para ver o que acontecia.
Depressa esse vulto me respondeu que esse livro não existia no mundo.
Achei estranha a sua resposta, pois aquele livro que eu lhe tinha dito já existia há algum tempo, e tinha sido traduzido em várias línguas.
Decidi investigar o que estava a acontecer, num computador, mas depressa descobri, que como por magia tinha feito uma viagem a uma biblioteca do passado.
Apercebi-me como eram as coisas no passado numa biblioteca.
Há muito tempo atrás, os livros das bibliotecas eram guardados a sete chaves, e apenas uma pessoa especializadas na matéria, poderia desfolhá-los.
Eram mesmo um bem precioso e, embora ainda hoje o continuem a ser, são esquecidos por muitas pessoas.
Depois de ter tirado tal conclusão, senti que estava a atravessar um túnel, e fiquei feliz pois pensava que iria ter de novo à biblioteca onde encontrei aquele livro causador de tudo isto.
Depressa percebi que os meus desejos não iriam ser realizados, e dei por mim num lugar escuro, sombrio e pouco acolhedor.
Percebi que estava na biblioteca do futuro, e também percebi que os livros não estavam num lugar nada bom para a sua conservação.
No futuro as pessoas não queriam saber da “saúde” dos livros, e apenas os deixavam numa sala, pousados no chão, como se fossem lixo.
De repente viajei para o presente e, depois de muito pensar, descobri a mensagem que aquele livro me pretendia passar: a biblioteca é uma chave para o passado, presente e futuro, pois quem nunca lá foi não sabe os segredos que lá estão escondidos, e outra mensagem que ele também pretendia passar era que devíamos pensar nos livros, e como nós nos sentiríamos se estivéssemos na sua posição.
Márcia Ramos, 9ºA
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