0De Mãos Dadas
Num sábado de manhã, caminhavam no jardim , Josefina e a sua amiga Adelina, quando se depararam com uma situação quase surreal.
- Josefina! Estás a ver o mesmo que eu!?
- Sim, Adelina! Nem dá para acreditar…
Estas duas jovens ficaram estupefactas com o estado em que se encontrava um pobre mendigo, que tinha como abrigo uma roseira brava. Estava em péssimo estado! O seu débil corpo estava gélido, pois apenas tinha vestida uma camisola rota e umas calças muito velhas e remendadas. Pobre mendigo!
- Vamos dizer-lhe que venha comer connosco . – sugeriu Adelina , sussurrando.
- Sim, vamos levá-lo para minha casa, para lhe dar de comer. Penso que os meus pais não se irão opor.
Chegaram perto dele, deram-lhe as boas tardes e perguntaram-lhe se precisava de ajuda.
- Quer vir a nossa casa? Gostaríamos de lhe oferecer algo para comer. Parece estar tão fraco!
- Não, obrigado, eu estou muito bem sozinho! – disse o mendigo ,”armado” em forte.
- Não se preocupe que nós não lhe queremos fazer mal, só o queremos ajudar! – explicou a Josefina para que não restassem dúvidas das suas boas intenções.
- Fora daqui! Fora daqui! Eu não preciso de ninguém! – barafustou o mendigo.
A conversa prolongou – se durante uns dez minutos, mas o mendigo tornou-se agressivo. Desistiram e seguiram caminho. Estavam quase a chegar a casa, quando ouviram um cão a ladrar e, ao olharem para trás , aperceberam-se de que ele as seguia.
A Josefina notou que ele queria dizer algo. Por isso, ela esperou por ele.Com uma voz, agora trémula, ele disse:
- Minha linda menina, quero pedir-vos desculpa pela maneira como me comportei há pouco. Fui muito egoísta por rejeitar a vossa ajuda, mas agora, depois de ter refletido, sinto-me envergonhado e decidi aceitar a vosso generoso convite. Sabem, nos dias de hoje, há cada vez mais pessoas que só se preocupam com o luxo e o seu bem-estar. Como eu estou feliz por vocês me quererem ajudar! Sabem, quem se aproxima de mim, só pensa em gozar comigo por eu ser mendigo e andar todo esfarrapado!
- Não tem de pedir desculpa. – retorquiu Josefina.
Já com as lágrimas nos olhos,o pobre mendigo comentou:...